FIGURAS
Já fui uma Metáfora.
Não possuía uma identidade individual.
Somente me manifestava na relação
em que me assemelhasse com alguém.
Vivia subjetivamente.
Desgastei-me!
Transformei-me em Catacrese.
Deixei-me ser usada de maneira imprópria.
Não existia outra mais específica para me identificar.
Por isso “embarquei” no avião errado.
Já sofri de Hipérbole aguda.
Explodi “mil temores”
Chorei “milhões de vezes”, “morri de amores”.
Por certo tempo, aliei-me à Anáfora.
Passei a repetir-me enfaticamente:
Eu quero...
Eu preciso...
Eu sei...
Eu tenho...
Eu, eu, eu, eu...
Nada consegui.
Na fase em que fui Antítese, na alegria me entristecia.
Conquistando a vitória eu perdia.
Sabendo tudo, nada entendia.
Quase enlouqueci!
Procurei pela ironia.
Dia após dia com ela me encantei.
Deixei de ser delicada e tudo o que quis falei.
Mas, abusei das palavras e muitas pessoas eu magoei.
Quis dar caracterização humana aos seres que povoavam
minha imaginação.
Eles me dominaram e fiquei sem ação.
Hoje tomo mais cuidado ao utilizar-me da Personificação.
Quando Elipse fui não me sentia bem.
Todo mundo sabia que eu existia, mas eu não aparecia.
Isso manchava meu ego não nego.
Quando tentei ser Pleonasmo quis ser do tipo vicioso
e me dei mal.
“Saí pra fora”, “desci pra baixo”, e
“caí o maior tombo”.
Desisti afinal!
No Polissíndeto tropecei.Tornei-me repetitiva.
E fale, e gritei, e lamentei, e chorei, e me cansei.
Na Metonímia deixei de ser chamada pelo nome e me vi
sendo substituída por uma interdependência entre mim e
outras coisas.
Foi duro ouvir dizerem que: “minhas varizes” desfilavam
pela passarela.
E assim, de Figura em Figura fui aprendendo.
Fui evoluindo.
Hoje sou um Verbo Intransitivo.
Sem precisar de complementos. Absoluto!
Sei que a Gramática Formal irá me contradizer, e com razão.
Mas é como me sinto: Intransitivo!
Porque agora quando me apresento ao mundo eu digo:
“EU SOU, EU POSSO, EU APRENDI” e ponto final.
A Transitividade Verbal que me perdoe!
LUDIMAR GOMES MOLINA
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EDUCAÇÃO
E ESPAÇOS DE CRIAÇÃO
Rabisco de Criança
Livro em branco,
Folhas leves,
Capa maleável.
Olho para a criança.
Tudo nela encanta:
Sua doçura,
Seus medos
E insegurança.
Na criança está o futuro
De paz, alegria e amor.
A educação é a base de tudo,
Na inocência está o esplendor.
Criança aprende, brinca, corre, estuda,
Canta e encanta.
Anima, bota pra cima,
Deixa feliz,
Torna-me, principalmente, aprendiz,
Dessa criança feliz.
Coisinha pequena, seu nome é simples,
Mas tem valor.
Coisinha pequena, teu nome é criança.
Abro o livro, procuro a página...
- Criança, cadê você?
- Aqui estou. Sou um rabisco de esperança!
Regina F. Terra Rodrigues, Bruna A. Grilo, Duany Alves
G. da Silva, Júlia M. J. Cunha, Katiana F. Vieira da Silva
1° A - Pedagogia
PEDAGOGIA
Minha sala tem Godoi, tem Weid e Rodrigo.
Minha sala tem o Bruce e o Rafael, somos amigos.
Nessa escola que eu vim no intuito de aprender
Já se passou quase um mês e eu não paro de crescer.
Tem também as meninas chamadas ti ti ti.
To falando da Renata, da Priscila e da Fabi.
Será que eu esqueci? Claro que não, imagina...
Mas essa é tranqüila: a calminha Janaína.
Mas já teve discussão por causa da Coruja.
Uns querem Girafales e outros até o Sr. Madruga*.
Mesmo nesse ritmo, eu gostei desse lugar.
Tem tanta coisa boa, tanto livro pra estudar...
Tanto Paulo Freire... Ai, meu Deus! Que agonia!
Logo na segunda-feira, já vem Mitologia.
Foi o que escolhi. Vivo com alegria.
De tantos outros cursos, escolhi Pedagogia!
Romero Nunes da Costa, Priscila Chearelli, Fabiana S. Tierno,
Renata M. T. de Souza, Vlademir Alves Godoi, Rodrigo Divino E. da Silva,
Weid Menezes N. de Oliveira
1° B - Pedagogia
* A referência aos personagens refere-se ao momento de escolha
de personagem para a camiseta do Curso
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